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BOUTIQUE DE ARTESANATO


Itanhandu, Sul de Minas

          Todos conhecem a estória infantil "As Aventuras de Pinóquio": ... Era uma vez, um velho artesão que se chamava Geppetto.  De suas mãos saiam brinquedos maravilhosos que faziam a alegria da criançada.  Um dia, ele fechou sua "Boutique" (loja) para se encontrar com seu vizinho, que era carpinteiro.  Disse então Geppetto: - "eu quero um boneco de madeira, que saiba dançar, saltar, etc. Assim surgiu o Pinóquio. 


          Mas, não é sobre essa estória que vamos falar, mas sim, sobre a ocupação do Geppetto, ou seja, do artesanato.  A estória diz que ele tinha uma "Boutique" (na versão francesa). Na França antigamente, existiam muitas "Boutiques", que não eram lojas de luxo, e sim pequenas oficinas para fabricação de brinquedos, sapatos, sandálias, roupas, etc.

          Naqueles tempos mais antigos (quando surgiu essa estória), não haviam produtos industrializados como existem hoje. Era tudo feito pelos artesãos. Muito bem, mas nós estamos no Brasil.  Vamos falar do Artesanato no Brasil, que é uma arte acima de tudo. 

          No Nordeste do Brasil, esta atividade (do artesanato) é muito rica; existem, por exemplo, aqueles bonecos, chamados de mamulengos (principalmente em Pernambuco), e existem outras espécies de artesanatos, como doces, bolsas, redes, utilitários, esculturas, vasos de barro, etc.

          No Ceará, em Fortaleza, onde já tive a oportunidade de visitar, existem bairros onde encontramos as bordadeiras, às vezes ao ar livre, mas particularmente em oficinas domésticas conhecidas como "viração";  funcionam nos fundos de residências, para fugir à fiscalização. O artesão "se vira", isto é, trabalha.  É o artesanato doméstico. Nossa Constituição brasileira diz que o nosso domicílio é inviolável. 

          O artesão nordestino às vezes herda essa atividade que passa de pai para filho, outras vezes ele se dedica por necessidade, por dificuldades econômicas, mas reconhecemos a sua habilidade, a qual carece de um incentivo, digamos, do nosso Governo, para proporcionar melhores condições de trabalho a esse profissional que nos encanta, com a sua habilidade. 

          O artesão nordestino geralmente é pobre, e se vê obrigado a fazer, ou produzir suas próprias ferramentas. Com toda certeza ele não consegue produzir maiores genialidades ou aumentar sua produção, por essa falta de recursos.  Isso é uma lastima.

          Mas não é somente no Nordeste que podemos apreciar essa atividade artesanal. Também no Sul de Minas Gerais, principalmente naquele chamado Circuito das Águas, ou Estâncias Hidrominerais, como Caxambu, São Lourenço, Lambari e outros lugares, o clima frio estimula a produção de agasalhos de lã, confecções artesanais que os turistas adoram.  Parece-nos que esse tipo de artesanato de alguma forma tem até mais valor do que aqueles de produção industrial.


          Existe também a produção de bonecas de pano, muito interessantes; vejam neste Video:





          A propósito, em Itanhandu-MG (bem próximo dessas Estâncias Hidrominerais), existe a CASA KÖHN, que também se dedica a uma produção artesanal de artigos muito originais. Vejam acima, na foto que ilustra o tema deste comentário.

          Estimamos uma expansão maior deste nosso potencial imenso, para contrastar harmoniosamente com a nossa tecnologia moderna.  O artesanato é uma forma poética, simpática de produzir coisas de reconhecido valor.  "Deus é forte, Ele é grande, e quando Ele quer não tem quem não queira".

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