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UM DIA AZIAGO


Ginásio São Miguel

          Segundo o dicionário Aurélio, "Aziago" é um adjetivo que significa: de mau agouro, azarento, infausto, infeliz.  Essa palavra, foi objeto de uma redação em 1966, no Ginásio São Miguel, em Passa Quatro-Mg, sob o tema proposto pelo professor de Português, Pe. Joaquim Soares, "Um dia Aziago".


          Eu me lembro que na época, fiz minha redação inspirado num filme que eu havia assistido, com Jerry Lewis, ator americano, comediante, e que no filme só fazia trapalhadas.  Não me recordo exatamente do nome do filme, mas acho que era "Errado pra cachorro".

          Saudoso daquele tempo, resolvi redigir novamente sobre o tema, todavia sob um formato novo, ou seja, mediante um entendimento amadurecido, dessa palavrinha tão significativa e pouco usada mesmo hoje em dia.

          Muito bem.  Aziago, significa azar.  O que podemos associar agora, nestes tempos modernos, com aquilo que ainda persiste como crendice ligada a essa palavra?  Estive pensando, e me lembrei de alguns aforismos, que relaciono abaixo:

  •   Cruzar a rua com um gato preto dá azar;
  •   Se uma pessoa apontar uma estrela, nascerá uma verruga em seu dedo;
  •   Passar debaixo de uma escada dá azar;
  •   Comer manga com leite pode fazer mal para a saúde;
  •   Vestir uma roupa do lado avesso dá azar;
  •   Bater três vezes na madeira pode evitar acontecimentos ruins

          Por certo que existem mais exemplos de crendices como estas, não obstante, isso tem outro nome: são superstições.  Estas surgem no meio do povo, que vai passando esse folclore de geração em geração.  Vou contar uma pequena estória que envolve o mito do gato preto.

          ... Na idade média, por volta do ano 1560 aproximadamente, havia um preconceito contra a bruxaria, e até o gato preto como animal noturno e solitário era perseguido.  Certa noite, numa determinada cidade (da Europa, claro), um gato preto foi ferido a pedradas.  Assustado, o gato refugiou-se na casa de uma velhinha que sempre dava abrigo aos gatos de rua.

          No dia seguinte, essa velha também apareceu casualmente machucada, e o povo local, supersticioso, logo concluiu que ela era uma bruxa, e o gato que havia sido apedrejado, era o seu disfarce noturno. Certamente, essa pobre e inocente velhinha também foi perseguida pela inquisição, campanha assassina da Igreja Católica (na época), contra supostas heresias e bruxarias.

          Lamentavelmente, um triste episódio da história. Vamos amenizar nossa tristeza, refletindo agora sobre coisas positivas.  Uma frase, atribuída a um filósofo francês, chamado Descartes, diz o seguinte: "Não importa qual seja o objeto da sua fé, se falso ou verdadeiro, o que atua é a força do pensamento positivo". Isto significa dizer: nada de pensar em "azar", nada de superstição. 

          Geralmente, teme-se o desconhecido.  Mas, quando se estuda com seriedade o Espiritismo, por exemplo, deixa-se de lado a superstição.  É intuitivo, pela compreensão da doutrina.  Qualquer que seja nossa espiritualidade, se nos aproximarmos de Deus, não existirá "sorte" ou "azar",  pois Deus é o controlador de todas as coisas, de acordo com a nossa fé;

          Albert Einstein (1879 - 1955), físico teórico alemão, era um homem muito além do seu tempo, e suas teorias que hoje são plenamente reconhecidas pela ciência, na sua época, ele sofreu com a incredulidade das pessoas. Einstein então, na sua genialidade nos deixou esta frase: "Duas coisas são infinitas:  o universo e a estupidez humana.  Mas, em relação ao Universo, ainda não tenho certeza absoluta!...
Ginásio São Miguel

(OBS.- na foto acima, o GinásioSão Miguel, seu Diretor, Pe. Domingos, e o Prof. de Português, Pe. Joaquim Soares).

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