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NOBLESSE OBLIGE


A Nobreza Obriga

          "Noblesse Oblige", é uma expressão francesa, que significa literalmente "a nobreza obriga", ou, "a nobreza manda".  Essa expressão, apesar de ser um estrangeirismo, é bastante usada por escritores e jornalistas, quando querem expressar resumidamente um determinado pensamento.


          Há um episódio histórico, que serve para ilustrar com palavras, este nosso tema:
... ... Conta-se que no Brasil, na época de D. Pedro II, houve um baile no salão da corte real.  Algumas senhores preconceituosas, recusaram-se a dançar com um famoso engenheiro negro, André Rebouças.  Então, a princesa Isabel atravessou o salão, e pediu-lhe que dançasse com ela.

          A história conta também, que D. Pedro II nomeou para cargos elevados alguns negros e mulatos. Esses episódios narrados são verídicos, e nos dá um exemplo histórico de tolerância racial.  "Noblesse Oblige": quer dizer que um determinado "poder" (a nobreza), deve pautar por um comportamento ético.

          O que significa "ética"?  Todos nósd provavelmente aprendemos o seu significado desde nossos bancos escolares.  Significa pois, os deveres e preceitos de honestidade e moral por parte de um indivíduo ou grupo social para com um cidadão ou uma sociedade.

          A expressão "noblesse oblige" pode ser entendida por exemplo, no sentido de que um cidadão honrado obriga-se a proceder de uma forma à altura do seu caráter ou do seu próprio nome a zelar.  Em outras palavras, uma pessoa deve se comportar de forma condizente com sua posição que tenha adquirido.  Só estará "descompromissado" com a "nobreza obriga",  se o indivíduo for um perfeito "canalha" (sem escrúpulos, sem caráter).  Há um texto circulando pelas Redes sociais, que nos dá um exemplo clássico da preocupação com a Ética:

          ... "Um homem resolveu levar seus dois filhos ao circo que havia chegado na cidade.  Ao chegar na bilheteria, perguntou:
-- Olá boa tarde, quanto custa a entrada?  - O bilheteiro respondeu:
-- R$30,00 para adulto e R$20,00 para crianças de 7 a 14 anos.  Crianças menores de 6 anos não pagam.  Quantos anos têm as crianças?  - E o pai responde:

-- O menor tem 3 anos, e o maior 7 anos.  - Com um sorriso, o bilheteiro diz:
-- Se o senhor tivesse falado que o mais velho tinha 6 anos, eu não perceberia, e o senhor economizaria R$20,00.  - Mas o pai responde:
-- É verdade, mas meus filhos saberiam que eu menti para obter uma vantagem e jamais se lembrariam desta tarde como uma tarde especial.  - E ainda finaliza:

-- A verdade não tem preço.  Hoje deixo de economizar R$20,00 que não me pertenceriam por direito, mas ganho a certeza de que meus filhos saberão a importância de sempre dizer a verdade.
- O atendente do circo permaneceu mudo, e com certeza, também teria uma tarde especial para se lembrar".

          "Noblesse oblige":  esse entendimento, "deveria" ser também, a marca registrada de todos os juízes e magistrados diante da justiça e aplicação da lei.  Mas, infelizmente, nesse caso, existem muitas exceções.  Abstemo-nos de declinar alguns casos brasileiros que todos já conhecem. (O óbvio se faz desnecessário nesta dissertação objetiva).

          "A Nobreza obriga": é o nosso bom senso que obriga tudo que é "nobre", isto é, obriga o dono de um simples estabelecimento, obriga o empresário, obriga o trabalhador e obriga principalmente os políticos (governantes), investidos de um poder.  Esse poder demanda igualmente uma responsabilidade, face aos governados (o povo).

          Afinal, a "nobreza" não existiria sem o plebeu;  o rico não existiria sem o pobre;  e os governantes não existiriam sem os governados.  Infelizmente, hoje em dia, os conceitos mudaram.  Defrontamo-nos com Valores completamente invertidos;  tudo está do lado oposto ao conceito de "noblesse oblige", inclusive, por parte do povo.

          Arnaldo Jabor, jornalista e escritor brasileiro, publicou um texto falando sobre o cúmulo da contradição, texto esse, sobejamente compartilhado na internet.  Ele disse o seguinte:

          "Jamais vou entender esse fenômeno chamado Carnaval.  Um povo sofrido, roubado, explorado, muitas vezes sem perspectivas, de uma hora para outra, explode numa alegria sem motivo, sem limites, sem pudor.  Homens que até sexta feira trabalharam de terno e gravata, no sábado vão para as ruas, maquiados, vestidos de mulher, sutien por cima de peitos peludos, braços e pernas cabeludas, numa imitação grotesca e sem sentido do sexo feminino.

          Mulheres que se matam em trabalhos, muitas vezes degradantes e mal remunerados... sofrem nas filas de hospitais e creches, aparecem na passarela, cobertas de brilho e rebolando, como se não houvesse o amanhã.  Os canalhas no poder, adoram esta orgia sem sentido, porque pelo menos por alguns dias, o povo está olhando pro outro lado, enquanto eles continuam sugando cada gota de sangue e cada centavo que puderem roubar.

          As ruas estão tomadas de foliões urrando de alegria... e eu me pergunto: Você está alegre por que???  Sua vida melhorou de ontem pra hoje?  Seu salário aumentou?  Sei filho entrou numa boa escola?  Se você cair de um trio elétrico e quebrar a cabeça, vão te levar para um bom hospital?  Você terá água em casa, para tomar banho quando voltar da gandaia?

          Então me explica, seu trouxa... Tá rindo de quê?  Você irá pra rua com esta mesma vontade, pra protestar contra esta roubalheira absurda, que está destruindo nosso país?  Por estas e outras que os governantes adoram Carnaval e eu jamais vou entender porque nosso povo é tão alienado.  Feliz Carnaval, Mané !!!"

Expressão Francesa

          Entre a classe política brasileira existe o "nós"  e  "eles";  "a direita"  e  "a esquerda"; frases de separação preferidas por esses usurpadores das riquezas do nosso povo, da nossa Pátria.  A obrigação, continua a mesma, mas o seu conceito está envergonhado, oculto nas dobras da nossa Bandeira, e a nobreza dos governantes está disfarçada brincando o Carnaval, rindo da nossa cara. C'EST FINI.
A Nobreza manda

       


          



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